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O ruído outra vez

+literature

+anthropology

Essay, Das Questões, 2021.

O presente artigo propõe mais uma visita aos relatos seiscentistas sobre o ritual do homicídio dos Tupinambá da costa, desta vez para  razer para o primeiro plano a ontologia de substâncias própria do idioma da corporeidade ameríndio. Seguindo as poucas pistas sobre a menstruação feminina, e em particular sobre o ritual que sucedia a menarca, parece possível argumentar que a reclusão do matador não era só um ritual guerreiro, nem somente um “ritual de passagem” para a condição de homem adulto. Ao aproximar as duas cerimônias, a do jovem após o homicídio e a da moça após a menarca, espera-se poder especular sobre uma dinâmica entre sangue e sêmen na criação de corpos maduros férteis.

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